São Paulo, domingo, 27 de março de 1994
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PA deve ser 4º exportador

ABNOR GONDIM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

PA deve ser 4.º exportador
O Pará deverá saltar da sétima para a quarta posição entre os principais Estados exportadores até o final da década.
Na virada do século, as exportações paraenses deverão passar de US$ 1,7 bilhão, em 1993, para US$ 2,5 bilhão.
A previsão é do jornalista e sociólogo Lúcio Flávio Pinto, da Universidade Federal do Pará, autor de quatro livros sobre a Amazônia.
Caso se concretize a previsão, o Estado ficará atrás somente de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Baseado em dados da Receita Federal, o sociólogo afirma que o novo impulso exportador do Pará está nos projetos mínero-metalúrgicos nas áreas dos projetos Carajás e Trombetas, das empresas Albrás e Alunorte e do projeto Caulim (este em fase de implantação).
Em todos esses projetos, há participação –isolada ou em associação– da Companhia Vale do Rio Doce.
Para Lúcio Flávio Pinto, o Pará deve responder nos próximos anos por 10% da receita do comércio exterior do país.
Com base nestas previsões, o governador Jáder Barbalho (PMDB), 49, acredita que o Pará vai entrar no século 21 como um dos Estados mais importantes do país.
A partir deste ano e até o final da década, o Pará receberá mais US$ 1,5 bilhão em investimentos para os projetos de caulim da Rio Capim Química S/A (no nordeste do Estado), na fábrica de alumínio da Alunorte (a 40 km de Belém) e nos projetos de cobre, ouro e prata do Salobo (Carajás).
Apesar dos resultados econômicos e ambientais, a CVRD e coligadas não estão imunes a críticas. "A CVRD é ainda uma empresa estrangeira no Pará", afirma a secretária estadual de Planejamento, Maria Eugênia Rio.
Ela reclama que o Pará não conta com um fundo de desenvolvimento retirado do lucro líquido da empresa, como acontece em Minas Gerais e Espírito Santo.
A assessoria da Vale diz que há estudos para a criação de um fundo para os demais Estados onde a empresa também desenvolve atividades. (AG)

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