São Paulo, domingo, 27 de março de 1994 |
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Forças Armadas têm peso menor
JOÃO BATISTA NATALI
A modernização e a ampliação do equipamento também refletiu um certo ganho de produtividade, próprio a uma ampla tendência internacional entre os militares. Exemplos: os 650 aviões da Aeronáutica, em 1964, tinham o perfil global das aeronaves usadas pelos Estados Unidos ao fim da 2ª Guerra ou no conflito da Coréia. Os bombardeiros eram os F-47 Thunderbolts ou B-25 Invaders. Hoje são aeronaves dos anos 70: há 18 Mirage, 57 F-5 e 15 AMX. No Exército, blindados leves como os 300 Cascavel, os 845 Urutu e os 250 Jararaca foram incorporados a um parque de velhos tanques como o M-41. Essa listagem não leva em conta três fatores. O primeiro deles foi o fim, no governo Geisel, do acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, que vigorava desde 1952. O segundo foi a ascensão e queda da indústria bélica nacional, montada no início dos anos 70 e que ao fim dos anos 80 se encontrava com tecnologia estagnada e produção interrompida em algumas empresas. Há, por fim, a crise de identidade em torno da missão das Forças Armadas, a partir da indefinição de quem sejam os inimigos potenciais. A Guerra Fria acabou e a integração regional, com o Mercosul, tende a eliminar a agressão virtual de vizinhos latino-americanos. Texto Anterior: Sistema atual emperra decisões Próximo Texto: Aquele era um país que ia "pra frente" Índice |
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