São Paulo, domingo, 27 de março de 1994 |
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Presidente fardado e Mustang cor de sangue marcaram "anos de chumbo"
SÉRGIO AUGUSTO
Yes, nós também temos os nossos "anos de chumbo", com presidentes fardados, o primeiro dos quais sem pescoço, que morreu do mesmo jeito que Leila Diniz, Agostinho dos Santos, Felinto Muller e Regina Rosemburgo –ou seja, num desastre aéreo. Claro que ainda se lembram do nome dele, mas quantos de vocês sabem quem foi Regina Rosemburgo? Pena, pois há quem acredite que ela fez mais para a alegria (e até para a cultura) deste país que o marechal Castello Branco. Moral da história: a História também é feita por pessoas e coisas que, à sua maneira, deixam a sua cicatriz no mapa. Do Mustang cor de sangue ao júri do programa "Flávio Cavalcanti"; dos Chopniks ao "Sheik de Agadir"; do desbunde à "Família Trapo"; da geração Paissandu ao João Sebastião Bar; da Tropicália às dunas da Gal; do José Geraldo de Almeida às onze feras do Saldanha. Infelizmente, como diz outra histórica figura daquele tempo, o jornalista e escritor Ivan Lessa, de 15 em 15 anos o brasileiro esquece o que aconteceu nos últimos 15 anos. Imagine, então, 30 anos. Foi sobretudo para reavivar sua memória –e lembrar que Regina Rosemburgo era musa do cinema novo– que foi feito o teste ao lado. Texto Anterior: GALERIA: OS SÍMBOLOS QUE MARCARAM A ERA MILITAR Próximo Texto: VEJA SE VOCÊ ESTÁ INSERIDO NO CONTEXTO Índice |
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