São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 1994 |
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PPR tenta convencer Maluf a concorrer
CARLOS EDUARDO ALVES
Havia dúvidas, porém, se Maluf resistiria ao inevitável apelo que deputados e senadores fariam pela sua entrada no páreo sucessório. Antes de embarcar para Brasília, Maluf disse "o apelo de Hebe Carmargo para que eu fique na prefeitura me tocou bastante". A apresentadora de TV Hebe Camargo, uma das mais conhecidas malufistas de São paulo, disse recentemente que ficaria decepcionada se Maluf quebrasse a promessa de ficar os quatro anos na administração paulista. A crítica da apresentadora teve um resultado devastador nos planos políticos do prefeito. A partir da manifestação dela, malufistas que estavam constrangidos em expor ao prefeito restrições à candidatura passaram a pressioná-lo pela permanência na prefeitura. No jargão malufista trata-se do "efeito Hebe". Maluf prometeu na segunda-feira que hoje daria uma resposta definitiva sobre a candidatura. Ontem, no entanto, disse que tem o prazo legal até sábado para decidir se fica ou não no cargo. "Estou pesando a vontade do povo de São Paulo que quer que eu fique e a vontade dos brasileiros que querem que eu saia para ser um bom prefeito do Brasil", desconversou. Antes da reunião com Maluf em Brasília, o senador Esperidião Amin (SC), presidente nacional do PPR, afirmou que estava "prevenido" sobre a hipótese de Maluf recuar da candidatura. Amin é um dos mais ardorosos defensores da entrada de Maluf na corrida presidencial. Os amigos e assessores de Maluf que mais o conhecem acham que a pressão que o prefeito sofreria ontem à noite em Brasília seria a última possibilidade de ele ser convencido a sair da prefeitura. Em discurso em solenidade na prefeitura, de manhã, Maluf declarou que "quero ver na minha gestão todos os loteamentos regularizados", o quer foi interpretado como mais um sinal de recuo na candidatura. Texto Anterior: Parlamentares pedem aliança das esquerdas Próximo Texto: Palmeira usa cota da Câmara em campanha Índice |
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