São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994 |
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Promotores e juízes podem estar envolvidos
MARCELO MIGLIACCIO
Moreira e o promotor Mendelson Pereira passaram a tarde de ontem na Escola de Formação de Oficiais da PM (Polícia Militar), em Sulacap (zona oeste), examinando as listas e parte dos disquetes de computador apreendidos. Os promotores disseram não ter encontrado na lista de pessoas supostamente corrompidas os nomes do vice-governador do Rio, Nilo Batista, e do prefeito César Maia. Moreira e Pereira transcreveram e analisaram vários disquetes. Moreira disse que poderá ser pedida a prisão de Castor de Andrade. "Há indícios contra ele de contrabando, formação de quadrilha e corrupção ativa." Foi descoberto que, em outubro de 93, Castor enviou US$ 500 mil para uma agência bancária em Zurique (Suíça). Procurado pelo Folha em sua casa, o advogado de Castor, Nelio Machado, não foi encontrado. A informação é de que ele viajou e só volta ao Rio segunda-feira. O promotor Moreira voltou a rebater as queixas de autoridades das polícias Civil e Federal contra a atuação independente do MP (Ministério Público) na apuração do esquema de corrupção. "A Constituição diz que o MP, formado por procuradores e promotores, pode e deve controlar a atividade policial, que no Rio está contaminada", afirmou. Às alegações de que alguns nomes pudessem ter sido "plantados" na lista, Moreira respondeu ser "impossível a manipulação". Segundo ele, é imoral o recebimento de doações de bicheiros para campanhas, embora tenha sido legalizado pela atual legislação. Dez homens do Batalhão de Operações Especiais da PM escoltaram os promotores, do quartel-general da PM, onde estiveram pela manhã, à escola de oficiais. Texto Anterior: Denúncia teria surgido há 10 anos Próximo Texto: Ação reuniu promotores e PM Índice |
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