São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
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Justiça de SP obriga bicheiro a desocupar área
PAULO FERRAZ
O terreno pertence a Elizabete Rodrigues Barone, 50, mas foi vendida a Chico da Ronda por Marina de Araújo Vasconcellos Lobo. Marina havia feito a transação usando uma procuração falsa de Elizabete. O exame grafotécnico mostrou que a procuração foi falsificada por Fernando Francisco Boragina, companheiro de Marina. Boragina tem uma extensa ficha policial, com uma série de processos por estelionato. Segundo a polícia, Marina está desaparecida e Boragina foi solto há 15 dias do 36º DP, onde estava preso acusado de estelionato contra um banco. Nenhum dos dois foi encontrado pela Folha. A área, avaliada em US$ 1,5 milhão fica na rua Maria Amália Lopes de Azevedo, no Jardim Tremembé (zona norte de São Paulo). Plumari diz que não tem nada sabia sobre a falsificação e é um "terceiro de boa fé" (leia texto nesta página). Depois de perder a área em agosto de 92, Elizabete foi reintegrada na posse no último dia 10 de março, através de liminar concedida pela juíza Maristela Tavares de Oliveira, da 8ª Vara Cível. Apesar da decisão da Justiça, Elizabete ainda está inconformada. "Eles destruíram praticamente tudo na chácara", diz. Plumari demoliu boa parte dos imóveis existentes no terreno para a construção de um minishopping no local. A obra está na fase de fundações. Agora, Elizabete diz que vai aguardar o julgamento final da ação e depois pedir indenização pelos danos causados à propriedade. Segundo os advogados de Elizabete, Guilherme Paccola, 30, e Nádia Margarida Viana Abubakir, o pedido de indenização poderá chegar a US$ 5 milhões (CR$ 4,4 bilhões pelo câmbio paralelo). Texto Anterior: "Campanhas devem ser dirigidas", diz especialista Próximo Texto: Plumari nega envolvimento Índice |
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