São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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repare no BIG RAPPER

JAN FJELD

Ao contrário da maioria dos rappers, o carioca Big Richard (Big para não ser confundido com o Little) afirma que não quer "bancar o marginal". Cresceu no bairro do Rio Comprido, zona norte do Rio, junto com a mãe. O pai teria sido asassinado pelo Comando Vermelho, numa operação ligada ao tráfico, quando Big era pequeno.
Agora crescido, articulado e morando em São Paulo, Hamilton Richard Alexandrino Ferreira dos Santos, 20, diz que não gosta de demagogia. Quer "Reparações Jah", título do primeiro LP, em fase de finalização. O estilo é suave, diferente do que se ouve de rap nacional: sampleando Caetano, Mulheres Negras e Bezerra da Silva, tem trechos de samba-reggae do Olodum.
É mais melodioso, menos raivoso, mas é rap –"rhythm and poetry" (ritmo e poesia). Músicas como "É Proibido Proibir" e "Favela Brasil" apontam questões sociais. "Tento sair do padrão alienígena", diz. "Sou contra rapper que só prega ideologia e não aponta soluções."

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