São Paulo, quarta-feira, 6 de abril de 1994 |
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Teixeira apresenta documentos contra Pelé
MÁRIO MAGALHÃES
Um dos sócios da Pelé Sports, o ex-jogador Pelé, chamou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, de corrupto, em entrevista à uma revista, no ano passado. O caso teve repercussão mundial. Pelé afirmou que Teixeira vendera os direitos de transmissão de TV à empresa Traffic por uma proposta inferior à da Pelé Sports. Documentos que Teixeira apresentará à Justiça nas próximas semanas mostram o contrário. Em fax enviado à CBF em 12 de setembro de 1991, a Pelé Sports e Marketing propôs pagar US$ 1 milhão pelos direitos de TV e pela exploração da publicidade estática (placas) nos estádios em que a seleção jogou no Brasil. Em acordo registrado em 26 de junho de 1992 no 3º Ofício do Rio, a CBF vendeu o direito de transmissão à Traffic por US$ 1,2 milhão. O direito de exploração das placas, vendido à mesma empresa, foi negociado em separado. Ou seja: a empresa de Pelé oferecia US$ 200 mil a menos, num contrato incluindo publicidade estática. A CBF vendeu os direitos dos quatro jogos realizados no Brasil, em agosto e setembro. A Traffic os vendeu a três emissoras de televisão: Globo, Bandeirantes e SBT. Ricardo Teixeira recusou-se a comentar os documentos. Afirmou que só fala sobre eles na Justiça, no processo por calúnia e difamação que move contra Pelé. A Folha não conseguiu falar com Pelé e seu sócio Hélio Viana.(MM) Texto Anterior: Corinthians derrota CRB e passa à próxima fase da Copa do Brasil Índice |
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