São Paulo, domingo, 10 de abril de 1994
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Coalizão promete premiê japonês em 7 dias

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A coalizão de partidos que governa o Japão disse ontem que indicará em uma semana o sucessor do primeiro-ministro Morihiro Hosokawa, que renunciou sexta-feira.
Hosokawa alegou que renunciava para poder esclarecer sua responsabilidade em acusações de corrupção feitas pela oposição.
Ele é acusado de receber subornos de quase US$ 1 milhão da empresa de transportes Sagawa Kyubin.
Para pressionar o premiê, a oposição parlamentar bloqueava a votação do orçamento de 1995. Agora a votação será desobstruída.
Hosokawa fica no cargo até seu sucessor ser indicado. Para sucedê-lo está cotado o atual ministro do Exterior, Tsotumu Hata.
"Concordamos em princípio em formar um novo governo até o final da semana que vem", disse Wataru Kabo, secretário-geral do Partido Socialista.
O partido integra a coalizão que assumiu o poder em agosto passado, encerrando monopólio de 38 anos no poder do PLD (Partido Liberal Democrático).
Com o final da hegemonia do PLD, surgiram três partidos que formaram o núcleo da coalizão.
Para poder governar, Hosokawa teve que se alinhar com agrupamentos de centro e de esquerda, como o Partido Socialista.
A oposição ao PLD manteve o governo unido. Com a renúncia, ressurgem divergências internas.
Na reunião convocada após a renúncia houve profundas discordâncias entre os partidos que compõem a coalizão.
Ausente da reunião, Hosokawa disse que seria "imprudente indicar um sucessor".
O premiê admitiu haver "questões legais no gerenciamento" de seus fundos, sem dar detalhes.
Jornais japoneses classificaram ontem de leviandade a renúncia do premiê, dizendo que ela coloca em risco a credibilidade do país.

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