São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994 |
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Rabello vê meta eleitoral
DA REPORTAGEM LOCAL O economista Paulo Rabello de Castro, vice-presidente do Instituto Atlântico e professor da Fundação Getúlio Vargas do Rio, engrossa o time dos que encontram objetivos eleitorais na condução do plano econômico.Segundo ele, a evidência é a pressa do governo em realizar a mudança de cruzeiro real para o real. "É um suposto oportunismo político se fizerem o lançamento do real agora", afirma. "Não há condições técnicas nem razão para o presidente Itamar Franco criar um pano de fundo para a vitória de um candidato que foi o autor do programa, o ex-ministro Fernando Henrique Cardoso", acrescenta. Rabello de Castro integrou assessoria do PFL para formular uma proposta de governo. Decidiu retirar-se da equipe do PFL quando o partido iniciou negociações com o PSDB, de FHC. "Vejo com dificuldades a coligação de idéias entre o PFL e o PSDB", diz. "O PSDB não fez a lição de casa. Aprovaram o FSE e não aprovaram o Orçamento de 94, anunciaram o real, mas nem definiram seu lastro." Para ele, a criação do real deve ser adiada para o próximo governo, depois de alcançados avanços estruturais importantes, como a aprovação de mudanças na Constituição que lhe conferissem uma orientação mais liberal. "Lançar o real agora exigiria do próximo governo a emissão do super real, o real real ou o realejo", diz. Texto Anterior: Governo negocia com Congresso Próximo Texto: "Propina é generalizada" Índice |
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