São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994 |
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Dono de empresa nega ter ligação com Castor
DA REPORTAGEM LOCAL O dono da Casa Piano, Jorge Piano, negou ontem que tivesse qualquer relação comercial ou pessoal com o bicheiro Castor de Andrade."Não faço idéia de como isso foi parar nos jornais", afirmou. "Nem conheço o senhor Castor de Andrade. Tudo o que sei, está nos jornais." Segundo o Ministério Público, a Piano International, casa bancária controlada por Jorge Piano nos Estados Unidos, teria sido utilizada para a remessa de ordem de pagamento de US$ 497 mil do bicheiro Castor de Andrade para uma conta no Societé de Banque Suisse, de Zurique, Suíça. Foi apreendida uma procuração pela qual Castor de Andrade outorga à Piano International o poder de movimentar e bloquear sua conta no Societé de Banque Suisse. "Meu cliente ele (Castor) não é", disse Jorge Piano, um dos membros de uma tradicional família de banqueiros portugueses e que chegou ao Brasil em 1975, depois da Revolução portuguesa. "Na minha posição, não trabalharia com pessoas com atividades ilegais." A procuração de Castor estava grampeada junto com um extrato da movimentação de US$ 497 mil, divididos em quatro parcelas de US$ 100 mil e uma de US$ 97,5 mil. Piano disse que pretende averiguar o que de fato ocorreu. "Tenho 2.000, 3.000 clientes, como é que eu vou saber o que aconteceu?", afirmou. "A mim me chateia tudo isso, pois não conheço este senhor." A Casa Piano é a mais tradicional loja de câmbio do Rio de Janeiro e sua característica principal é o atendimento de varejo, ou seja, compra e venda de dólares em pequenas quantias. Em dias de maior movimento, chega a atender 4.000 pessoas nas quatro filiais da Piano. "Quando uma remessa deste tipo acaba sendo identificada num grande banco internacional, ninguém diz nada", reclama Piano. Texto Anterior: Receita multa bicheiros em US$ 10 milhões Próximo Texto: Casa pode virar banco nos EUA Índice |
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