São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994
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Polícia Federal considera corte de verba normal

DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"Os EUA perceberam que o Brasil se acomodou na posição de receber dinheiro e não dar a contrapartida, que seria investir no combate às drogas", disse Sérgio Sakon, chefe da divisão de entorpecentes da Polícia Federal ao comentar ontem o corte de verbas do governo norte-americano.
Os outros países que mantêm convênios de cooperação com o Brasil (França, Alemanha, Inglaterra e Romênia) colaboram com prestação de serviços (por exemplo, cursos de adestramento de cães em Londres) e fornecimento de equipamentos (barcos, telex, fax, etc).
Segundo Sakon, "os EUA eram o único país que destinava verbas em dinheiro para o Brasil".
Secretaria de Entorpecentes
Nelson Massini, diretor da área técnica da Secretaria de Entorpecentes do Ministério da Justiça, considerou "normal" o corte do governo norte-americano nas verbas para combater o narcotráfico fora dos Estados Unidos.
"A política de combate ao tráfico no exterior não teve o resultado esperado e, por isso, o governo americano resolveu investir mais dentro do próprio país e nos países produtores das drogas", disse Massini.
Segundo Massini, o dinheiro agora investido pelo governo americano em países como o Brasil –que funcionam mais como rota do tráfico e menos como produtores das drogas– será usado, preferencialmente, em operações de inteligência.
São operações preventivas de rastreamento, acompanhamento e troca de informações sobre o tráfico.

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