São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994
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Intelectual é clientela habitual

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Intelectuais estão entre os clientes mais habituais de sebos, onde vão à procura da matéria-prima de seu trabalho. João Alexandre Barbosa, professor aposentado de teoria literária da USP, vai ao Ornabi, ao Calil e também é freguês de Jaime Marcelino, o português que vendia livros na USP (e chegou a ter uma estante quebrada quando das brigas na rua Maria Antônia com os direitistas do Mackenzie).
Barbosa conta que achou certa vez –mas não diz onde– uma segunda edição de "Várias Histórias", de Machado de Assis, que tem dois carimbos de bibliotecas, e que também pertenceu (a assinatura prova) a outro intelectual, o alemão radicado no Brasil Anatol Rosenfeld, morto em 1973.
O ex-ministro e candidato presidencial Fernando Henrique Cardoso disse à Folha que frequentava no passado os sebos do centro, perto da Faculdade de Direito da USP. Quando vai aos EUA, ele não se limita a comprar blazers caros. Também vai à livraria Barnes and Nobles, em Nova York.
Nem todos têm tempo e paciência para sebos. O filósofo José Arthur Giannotti diz que se sente angustiado em livrarias e prefere comprar seus livros por catálogos. "Tantos livros, tão pouco tempo para ler".(RBN)

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