São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994 |
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Taxa de inflação salta para 43,17% e surpreende Fipe
MAURO ZAFALON
Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas de Econômicas), cujas taxas comparam os preços médios de 30 dias contra os 30 imediatamente anteriores. O salto da inflação surpreendeu os técnicos da Fipe, que esperavam taxa semelhante a esta só no final do mês. A previsão para abril é agora de 45%. Juarez Rizzieri, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor, diz que foram dois os vilões da semana: alimentos industrializados e vestuário. A alta dos industrializados se deve ao acerto de contas entre indústrias e supermercados. Para Rizzieri, "agora é que vamos conhecer o verdadeiro preço das coisas, sem a inflação futura embutida". Os alimentos ficaram 47,19% mais caros para os paulistanos na primeira quadrissemana do mês, taxa próxima dos 47,11% de março. A redução de preços do feijão foi compensada pela alta da carne. O reajuste médio no setor de vestuário foi de 34,35%, bem acima dos 27,91% de março. A aceleração da taxa mostra que as liquidações de verão estão terminando e está chegando às lojas a roupa de outono/inverno. Em abril, vestuário deve subir 50%. A taxa de inflação da Fipe está recebendo, ainda, forte pressão das tarifas públicas, devido ao conceito de caixa utilizado pela instituição. A Fipe só considera a alta de preços das tarifas públicas no momento em que os consumidores começam a pagar. O aumento da energia do início de março, portanto, só agora começa a entrar no índice Fipe. As tarifas subiram 45,72% na primeira quadrissemana de abril, contra 40,48% em março. Texto Anterior: Declaração deve incluir apenas alterações dos bens Próximo Texto: Supermercados vão boicotar cerveja Índice |
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