São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994 |
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Fachadas da PUC podem ser tombadas
PABLO PEREIRA
A PUC fica na rua Monte Alegre, bairro Perdizes (zona oeste). A partir da decisão do Condephaat, qualquer obra ou alteração no conjunto deve ser submetida ao órgão, que é ligado à Secretaria de Estado da Cultura. Se o tombamento for efetivado –o que pode demorar anos–, o conjunto se integra ao patrimônio histórico protegido legalmente e não pode ser derrubado. O reitor da PUC, Antônio Carlos Caruso Ronca, analisa hoje o processo. O estudo para tombamento inclui fachadas e parte interna do Tuca (Teatro da Universidade Católica), construído em 1968, e do convento (1920 a 1923). No convento –que abrigou freiras carmelitas de 1923 a 1948–, o processo prevê ainda a preservação das fachadas internas do claustro e o cruzeiro (uma cruz localizada no centro do pátio interno). A capela (1920 a 1923) e a casa paroquial (1969) devem ter tombamento integral. A área do "jardim fronteiro" também será estudada. O pedido de tombamento foi feito por Edgar de Assis Carvalho, professor de antropologia da PUC e ex-presidente do Condephaat. Para ele, os prédios e áreas que devem ser preservadas têm importância cultural e histórica. Segundo o presidente do Condephaat, José Carlos Ribeiro de Almeida, o conjunto tem características de arquitetura neocolonial e guarda parte da história do país. O Tuca, uma das últimas construções do conjunto, destruído em um incêndio em 1984, se transformou em um dos símbolos da resistência de artistas, estudantes e intelectuais ao regime militar. A PUC foi invadida por policiais militares em 22 de setembro de 1977. O teatro está funcionando, embora as obras de recuperação não estejam concluídas. O conjunto ocupado pela PUC funcionou de 1923 a 1948, primeiro como "recolhimento" -espécie de pensão para moças-, depois passou a convento de freiras. Em 1948, elas foram transferidas para um convento no Jabaquara (zona sul) e o prédio ocupado pela PUC, criada em 1946. A universidade passou a funcionar no prédio em 1950. Texto Anterior: Folha debate influência russa na universidade Próximo Texto: Concessionária de veículos inaugura espaço cultural Índice |
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