São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994 |
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Estudantes mais erram que acertam
ERIKA PALOMINO
O resultado, como era de esperar, foi irregular. Mas, entre os doze, dois ou três nomes que, bem orientados, podem vir a desenvolver um trabalho correto. Foi Silvia Sato, da Santa Marcelina, quem mais se destacou. Criou roupas feitas de outras roupas. Uma saia como se fosse um enorme paletó amarrado na cintura, usado com um top de retalho, com cara de roupa de boneca, daqueles que as meninas fazem com restos de tecidos. Pura sensibilidade e noção de desfile e de um conceito de moda. Apareceu criatividade e ótima utilização de cores e materiais também no trabalho de Maria Clara Brand, em suas roupas de verão na horta. Fabiano Moutinho acertou em seu trajes vítreos, faltando apenas mais acabamento e requinte na finalização do traje. Usou bem os pesos dos vestidos. Outros alunos demonstram total inadequação a conceitos atuais de moda. Não conseguem tirar o pé do amadorismo e parecem ter criado peças para algum tema bizarro do prêmio Smirnoff. Caso das mulheres-vodus de Maria Eugenia Verri, dos asfaltos de rua de Vivianne Retter e as formas exageradas de Mari Angela Ramondini. O que deixa o espectador pensando quem foi que selecionou trabalho tão insipientes. Não havia outros para fechar o número de 12 estilistas? De toda forma, aquela conversinha: é fundamental que as empresas patrocinem os novos criadores. Mesmo que eles errem.(Erika Palomino) Texto Anterior: SEPULTURA; BIENAL; VÍDEO; MÚSICA; ENCONTRO; WORKSHOP Próximo Texto: ALEXANDRE BREVE Índice |
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