São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994
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Hotéis perfeitos para quer ver sem ser visto

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Eles são para poucos, ou melhor, para pouquíssimos. São, principalmente, para quem tem muito dinheiro e gosta de ver sem ser visto. Privados, recebem no máximo oito casais em cada feriado. Requintados, fazem de sua cozinha internacional seu cartão de visitas. Personalizados, oferecem serviço exclusivíssimo –é nada menos o proprietário quem acompanha o hóspede do "check-in" (entrada) ao "check-out" (saída).
Eles –ainda– não fazem parte da relação dos melhores "relaix & chateaux" do mundo. Mas, indiscutivelmente, não deixam nada a dever. Seus nomes: Auberge Suisse (Nova Friburgo-RJ), Maison Jolie (Ilhabela-SP) e Trópico de Capricórnio (Búzios-RJ).
Maison Jolie (telefone 0124-72-2364) é o mais novo deles. Inaugurada há dois meses, fica no alto do morro do Cantagalo, em Ilhabela, debruçada 80 metros acima do nível do mar. É para lá que dão vista as varandas de suas seis suítes que, além de espaçosas, foram minuciosamente bem-planejadas e decoradas pelo casal Jolie.
Nos quartos, camas "king size", lençóis macios, travesseiros de pena e ar-condicionado silencioso reforçado com revestimento de isopor no teto. Nos banheiros, duchas circulares grandes e banheiras de hidromassagem. No restaurante, prata, cristal, velas e piano. No cardápio, camarões, massas e doces. Preço: 480 URVs (CR$ 500 mil), quatro diárias, com café da da manhã incluído.
Auberge Suisse (telefone 0245-41-1260), em Nova Petrópolis, é o maior deles. São oito bangalôs que mais parecem esconderijos no alto da serra. Neles, os suíços Urs e Ivonne Ammannn usaram e abusaram da madeira e da pedra e criaram um apurado estilo rústico. Janelões envidraçados mostram um vale, um lago, uma ponte: produção hollywoodiana para dar um clima de romantismo.
Deu certo. O jantar, à luz de velas, por exemplo, é nota dez: 14 opções de entrada, com destaque para a "bundnerfleisch" (carne-seca), 23 pratos principais ("fondues", "raclettes", carnes, peixes e massas) e 12 sobremesas. Preço: US$ 450 (CR$ 478 mil), quinta-feira a domingo, com todas as refeições incluídas (à la carte).
Mas é na Trópico de Capricórnio (telefone 021-255-8230), em Búzios, que há oito meses artistas, políticos e empresários se encontram sem serem encontrados. Lá, o francês Lucien Geismar, com assessoria da "promoter" Monique Lafond, transformou as oito suítes de sua pousada em paraísos tropicais mais que exclusivos.
A Trópico de Capricórnio é uma espécie de show hollywoodiano. Foi o engenheiro de som e compositor francês Jean Michel-Jarre quem fez as mais de 160 combinações de luz e som –todas acionadas por controle remoto– que dão um clima de romantismo e fantasia para a piscina panorâmica e para a boate –uma réplica de um navio.
Os hóspedes da Trópico de Capricórnio podem acordar às 6h, às 11h ou às 13h. O café da manhã, com champanhe, salmão e "croissants" quentinhos, além de um sem-número de iguarias importadas, é servido a qualquer hora.
Também podem usufruir de um veleiro oceânico exclusivo, piscinas, saunas, quadra de tênis, esqui aquático. Preço: diárias de US$ 215 (CR$ 205,7 mil), na suíte Amores, a US$ 470 (CR$ 449,7 mil), na suíte Trópico de Capricórnio, com café da manhã.

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