São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994
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Charme de Crested Butte é não ter luxo

DA ENVIADA ESPECIAL AO COLORADO (EUA)

Em Crested Butte –no centro-sul do Colorado, a 370 km de Denver– não há filial alguma da elegante joalheria Bulgari. Esse luxo é reservado apenas a Aspen.
No lugar de glamour em excesso, badalação e multidão de brasileiros, esta estação de esqui oferece charme e autenticidade, emprestados de uma pequena cidade.
Localizada a 5 km das pistas de esqui (e ligada a elas por ônibus gratuitos), Crested Butte é composta por poucas ruas, enfeitadas com casas de madeira de fachadas coloridas –e habitada por pessoas verdadeiramente simpáticas.
Para os amantes de um bom prato, a cidade oferece ótimos restaurantes, onde se come desde sopas até suculentos filés ou trutas (sem esquecer as inevitáveis pizzas).
Para os fãs do copo, a pequena Crested Butte guarda sua melhor criação gastronômica. Levemente adocicada, a cerveja Red Lady Ale é um dos orgulhos locais.
No quesito paisagens, a natureza soube ser generosa com a região. Quando acaba o inverno, é a vez de flores das mais diversas cores tomarem o lugar da neve.
Quem gosta de exercícios físicos e aventuras não tem do que se queixar nesta época.
Andar de "mountain bike" em trilhas pelos vales verdes e floridos exige fôlego. Mas o esforço é devidamente recompensado.
A região é tão procurada pelos "bikers" que foi criada a Fat Tire Bike Week (semana da "mountain bike"), de 18 a 24 de julho, que reúne marinheiros de primeiras pedaladas e profissionais.
Para os que armazenam mais coragem do que energia, nada como os passeios de balão.
Um vôo de 45 minutos custa US$ 100 (CR$ 96 mil) por pessoa (Big Horn Baloon, tel. local 349-6335). Antes, é preciso passar por uma espécie de exame médico.
Escaladas, aventuras a cavalo, "paraglading" (espécie de pára-quedas) e "rafting" (descida de corredeiras em botes de borracha) são outras diversões do verão.
Se o esqui for a razão de sua viagem, ela deve ser feita entre 19 de novembro e o final de março. Nas quatro primeiras semanas, a estação não cobra pelos teleféricos que levam os esquiadores às pistas.
Trata-se de uma boa economia: o preço do passe –que só leva montanha acima, abaixo tem que ser no esqui– oscila entre US$ 29 (CR$ 27,8 mil), meio dia, a US$ 245 (CR$ 234,5 mil), sete dias.
A estação de Crested Butte reserva 470 hectares à prática do esqui, em 86 diferentes pistas.
A arte de deslizar sobre a neve não é adquirida tão facilmente. Tombos são inevitáveis.
A simples tarefa de soltar as presilhas que prendem as botas aos esquis após cada queda pode enervar os não tão zens.
Na verdade, carregar os esquis e bastões andando com as tais botas sobre o gelo escorregadio até as pistas já é uma prova de fogo.
Em caso de desistência, nem tudo está perdido. As máquinas conspiram a favor do ócio. Andar de "snowmobile" (um jet ski de neve) é diversão na certa.
A Burt Rentals (tel. 349-7423) faz "tours" com guias profissionais. O passeio custa US$ 55 (CR$ 52,6 mil) por pessoa e dura cerca de duas horas por vários caminhos.
O mais interessante leva ao "resort" Irwin Lodge (tel. local 349-5308), um hotel de madeira de 24 quartos que reina sozinho no topo de uma montanha.
O local é o predileto dos adeptos do "skipowder" –especialistas em áreas de muita neve virgem e velocidade (e nehuma pista).
O melhor hotel de Crested Butte é o Grande Butte Hotel (tel. local 349-4000), ao lado das pistas.
A diária custa US$ 105 em apartamento standard, na baixa estação –que começa agora. (Andréa Dantas)

INFORMAÇÕES: Plantel Turismo, tel. (021) 240-4068; Crested Butte Vacations, tel. (001-800) 544-8448; Fat Tire Bike Week, tel. (001-303) 349-6817.

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