São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 1994 |
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Castor acusa bicheiros presos de traição
SÉRGIO TORRES
Ainda foragido, ele afirma que líderes do jogo tramaram a queda da fortaleza por "inveja" de sua liberdade Nem empregado traidor nem investigação do Ministério Público. Para o foragido Castor de Andrade, os responsáveis pela descoberta de sua contabilidade secreta são colegas da cúpula da contravenção. Na avaliação de Castor, o plano que o levou à clandestinidade teria sido arquitetado por Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, com o apoio de líderes como Miro Garcia, Aniz Abrahão David e Luiz Drummond. O motivo seria inveja dos demais bicheiros –que estão presos– por Castor ter conseguido liberdade. Haveria ainda a suposta tentativa de suborno praticada pelo genro de Castor, Fernando Ignácio de Miranda, junto ao delegado Mário Covas. Miranda está preso, porque Covas fingiu que aceitava o suborno e armou um flagrante contra ele. Castor e Capitão Guimarães conviveram durante seis meses na Polinter (Polícia Interestadual), para onde foram levados em maio passado, após a condenação de seis anos de prisão por formação de quadrilha armada. Capitão Guimarães está preso até hoje. Sob a justificativa de que sofre problemas cardíacos, Castor conseguiu em Brasília autorização judicial para aguardar em liberdade o julgamento dos recursos contra a condenação. Por não batalhar pela liberdade dos companheiros, Castor teria começado a ser visto com desconfiança. A prisão de seu genro irritou ainda mais os bicheiros presos. Para Castor, por vingança, seus colegas de cúpula teriam decidido entregar a "fortaleza" de Bangu ao Ministério Público. Apontado pelos promotores como o "banqueiro" mais poderoso da cúpula da contravenção, Castor já é considerado "rei sem trono" nos pontos de jogo do bicho. Texto Anterior: Técnicos terminam a leitura dos 204 disquetes do bicho apreedidos Próximo Texto: Policial nega ligação com jogo Índice |
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