São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 1994 |
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Pais cobram de escolas mais ensino sobre sexo
PAULO SILVA PINTO
É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Grupo –uma associação de escolas particulares da cidade de São Paulo– entre pais de alunos paulistanos. A amostra inclui 300 pais que têm filhos em escolas particulares e 300 em escolas públicas –excluídas as escolas da periferia. Quando foi feita a pergunta: "Temas como educação sexual, Aids e drogas devem ser tratados pela escola devido à dificuldade dos pais?", a maioria dos pais de escolas particulares (51%) e de escolas públicas (66%) concordaram em parte ou totalmente. Segundo Mauro de Salles Aguiar, presidente do Grupo, os pais revelaram, em uma fase preliminar da pesquisa, que essa preocupação é maior do que a que seus próprios pais tiveram em relação aos mesmos assuntos. Aguiar interpreta isso como uma transferência de tarefas da família para a escola, que deve se adaptar a isso. A estatística Heliete Moreira, 42, que tem uma filha no Colégio Bandeirantes (zona sul), acha que os pais têm hoje uma preocupação maior com valores por causa da perda deles pela sociedade. A secretária Elizabeth Ishikawa, 44, pensa de forma diferente. Ela acredita que é tarefa exclusiva dos pais ensinar esses valores. O que causa mais preocupação ao Grupo é outra resposta. Entre pais de escolas particulares, 50% acham que um problema da escola particular é "a exploração comercial" e mais 30% falam da elevação de mensalidades sem explicação aos pais. Aguiar acredita que o conceito da escola como empresa não é bem assimilado pelos pais. O salário dos professores não é aprovado pelos pais. Nas escolas públicas, 85% deles acham "injusto" e nas particulares, 64%. Texto Anterior: Secretaria de Saúde de SP registra 29,5 mil casos de Aids em 13 anos Próximo Texto: Congresso de educação apresentará pesquisa Índice |
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