São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994
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Chuva deixa 13.000 desabrigados no CE

PAULO MOTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A chuva que caiu durante toda a madrugada de ontem deixou cerca 13.000 pessoas desabrigadas em Fortaleza, segundo a Defesa Civil.
Não houve registro de mortes. Trezentos homens da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar estão fazendo o trabalho de socorro.
Os desabrigados estão sendo levados para residências de familiares, prédios públicos e associações comunitárias, situadas nas imediações das áreas atingidas.
Segundo o coordenador de operações da Defesa Civil, Ademarzinho Holanda, a maioria dos desabrigados vivia às margens dos rios Siqueira, Maranguapinho e Cocó, que transbordaram devido às chuvas.
"Choveu uma média de 120 mm nas nascentes destes rios e, como muita gente morava irregularmente em suas margens, as residências foram levadas pelas águas", disse Holanda.
Segundo o coordenador, são as maiores chuvas registradas este ano na região. A chuva começou por volta das 23h de anteontem e terminou às 5h de ontem. No centro de Fortaleza, várias ruas ficaram alagadas.
O rio Siqueira (zona oeste de Fortaleza), que não transbordava há dez anos, invadiu cerca de 500 residências, segundo a Defesa Civil.
No bairro da Granja Portugal, uma ponte de acesso sobre o rio Siqueira desabou deixando cerca de 200 famílias desabrigadas.
Nas margens do rio Maranguapinho, que corta 35 bairros da zona oeste da cidade, a Defesa Civil calcula que 2.600 pessoas ficaram desabrigadas.
Ontem de manhã, muitas famílias do bairro de Tancredo Neves, que fica às margens do rio Cocó (zona leste), esperavam socorro em cima do telhado de suas casas.
A dona-de-casa Maria Francisca do Nascimento, 40, moradora de Tancredo Neves, afirma que as águas do rio Cocó levaram todos os móveis de sua residência.
Em Crato (500 km ao sul de Fortaleza), foram registrados 25 desabamentos de casas.

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