São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994
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Preços se mantêm em alta

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

A safra recorde não derrubou os preços, em dólar, dos cereais neste início de colheita. As cotações continuam firmes, com ganho real (descontada a inflação), comparadas a igual período de 93.
Todos os produtos (arroz, feijão, soja, milho) fecharam o mês de março com preços maiores do que os de 93. O feijão e a soja foram as culturas mais rentáveis.
O feijão foi comercializado com ganho real de 211,5% e o arroz, de 15%, segundo dados da consultoria Mendonça de Barros.
Na avaliação de analistas, a ameaça de preços baixos não vale para este ano, apesar da safra ser recorde. O país colhe 73,6 milhões de toneladas, de acordo com a estatística da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
André Souto Maior Pessoa, consultor da Mendonça de Barros diz que apesar de o quadro de suprimento ser mais folgado do que em 93, o país terá de importar.
Por dois motivos: os estoques de grãos da safra passada estão muito baixos e a demanda interna cresceu, segundo Pessoa.
Pela terceira safra consecutiva, o agricultor se capitaliza e amplia sua capacidade de
investimento. A prova disso é que as vendas de máquinas cresceram 35,63% neste ano.(MCh)

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