São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994
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Operação é inédita nos EUA

FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK

O FBI (polícia federal dos EUA) está conduzindo uma operação gigantesca pelo país e em todo o mundo para checar as fichas de mais de 50 mil pessoas diretamente envolvidas com a Copa do Mundo.
É a maior checagem para um evento nos EUA já realizada.
John Kundts, porta-voz do FBI em Washington, disse que o ponto de partida nas investigações são as fichas de credenciamento dos participantes entregues ao Comitê Organizador da Copa.
Ao prencher e assinar essa ficha, os interessados automaticamente autorizam as investigações. "Estamos adotando esses procedimentos porque haverá muita gente de fora circulando no país, nas nove cidades onde os jogos acontecem", disse Kundts.
Ele não soube especificar se o mesmo rigor foi adotado na Olimpíada de Los Angeles em 1984.
A operação envolve todos os credenciados para a competição, que começa em junho nos EUA. Jogadores de todos os times, incluindo o pessoal de suporte, convidados e jornalistas estão sendo investigados.
John Griffin, chefe de imprensa do comitê organizador, tentou minimizar a operação dizendo que "não há como checar todas as pessoas".
"Vai ser uma checagem rápida, limitada. O credenciamento só será cancelado se houver algo extremamente errado", afirmou.
Kundts, do FBI, disse que o órgão é resposável pelo relacionamento com agências de segurança de outros países, troca informações com as polícias federais de todo o mundo e tem acesso a arquivos de imigração em várias localidades.
"Por isso é que estamos tomando parte no amplo esquema de segurança em conjunto com o comitê", disse Kundts.

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