São Paulo, domingo, 17 de abril de 1994
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Presos mantêm reféns em Contagem e polícia quer 'vencer pelo cansaço'

HELCIO ZOLINI

Presos mantêm reféns em Contageme polícia quer 'vencer pelo cansaço'

O motim na Penitenciária de Segurança Máxima de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte) completou às 16h de ontem 48 horas sem solução.
Desde a tarde de quinta-feira, três presos ameaçam matar cinco reféns (quatro mulheres e um homem), funcionários do presídio.
Os oito (reféns e amotinados) estão trancados num banheiro de menos de quatro metros quadrados, numa das salas do prédio da administração do presídio.
Eles estão sem comida e sem luz no local. Durante a madrugada os amotinados permitiram que os reféns recebessem água. Em troca, eles receberam uma pomada para tratar ferimentos.
Segundo o comandante de policiamento, coronel Edvaldo Piccinini, os três rebelados –Wellington Moreira da Silva, 39; Ricardo Fróes, 29, e Valmir Lucas Gomes, 44– são "psicopatas" e encontram-se armados com facas artesanais e cordas. Há suspeita que eles tenham também armas de fogo.
Os amotinados exigem um carro-forte para fugir. Em troca, prometem libertar os reféns -Flávia Pires dos Santos, Deosdalma Santos, Marlene Fortes, Andréia Osilieri e Otácilio dos Santos.
O comando avisou que poderá invadir o local a qualquer momento. "Vamos vencê-los pelo cansaço", disse o coronel Valter Lucas.

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