São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 1994
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Federação diz que greve continua

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar da liberação hoje de CR$ 200 bilhões referentes ao pagamento de serviços prestados em fevereiro, os 6.000 hospitais conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) vão continuar em greve.
A reivindicação dos conveniados deixou de ser a pontualidade do pagamento. O importante agora é a urverização dos débitos do SUS repassados para o governo.
"Noventa por cento de nossos gastos são em URV e recebemos a verba atrasada em dinheiro podre, o cruzeiro real", disse Carlos Eduardo Ferreira, presidente da Federação Brasileira de Hospitais.
Nova política
Na reunião de ontem entre as entidades e o ministro da Saúde, Henrique Santillo, deveria ter ficado acertada uma nova política de repasse.
A ausência de integrantes da equipe econômica do governo impossibilitou a negociação.
O assessor especial do Ministério da Fazenda, Milton Dallari, foi designado por Santillo para ser o intermediador, mas não compareceu à reunião.
Uma nova tentativa de entendimento entre representantes dos hospitais e governo ficou marcada para hoje às 10h.
Liberação
O secretário do Tesouro Nacional, Murilo Portugal, disse ontem que os recursos para pagamento das internações hospitalares referentes a março, da ordem de US$ 270 milhões, já foram liberados pela União, na última sexta-feira.
Representantes da Frente Nacional dos Prefeitos se encontraram ontem com o ministro da Fazenda, Rubens Ricupero.
Eles pediram ao ministro que a conversão da tabela de vencimentos em URV (Unidade Real de Valor) seja feita com base na média dos quatro primeiros meses deste ano, no primeiro dia do mês ou no dia 15.
A rede conveniada ao SUS corresponde a 75% do atendimento público no país. Por mês, mais de 1 milhão de internações são feitas através do convênio.

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