São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 1994
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"A Bela e a Fera" estréia na Broadway

FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK

"A Bela e a Fera" estreou ontem à noite em Nova York como um novo marco para a história da Broadway. Não é somente o musical mais caro já produzido no país como registra também o início de mais um empreitada milionária dos estúdios Walt Disney fora do cinema e parques de diversões.
O espetáculo, encenado no Palace, custou US$ 14 milhões. É recheado com efeitos especiais e pirotécnicos e servirá para a Disney como termômetro para planejar o lançamento de uma série.
A empresa vinha montando o projeto há mais de um ano. A divisão que concluiu a adaptação já está trabalhando em outras histórias que em breve voltarão a invadir a Broadway.
O próximo espetáculo, provavelmente "Mary Poppins", deve ser encenando em um teatro próprio, estabelecendo a empresa de uma vez por todas em um dos ramos mais lucrativos do show business de Nova York.
A Walt Disney está investindo outros US$ 29 milhões na recuperação de um dos teatros mais famosos da cidade, o New Amsterdam Theater, de 91 anos. Pretende transportar para o palco do teatro a maioria de suas histórias já apresentadas no cinema.
"A Bela e a Fera" arrecadou mais de US$ 350 milhões no cinema. A empresa acredita que o valor é um bom indicador para um possível sucesso no teatro.
Apesar do investimento elevado na produção, a empresa não está gastando quase nada com os 38 atores que fazem parte do espetáculo.
A maioria, assim como o diretor Robert Roth, 31, fazia parte da área da Disney responsável pelas dezenas de apresentações diárias nos parques de diversões nos EUA, Europa e Japão.
Terrence Mann, que representa a fera, é uma das poucas exceções entre os demais atores desconhecidos do elenco. Não faz parte dos empregados permanentes da Disney e atuou nas produções de "Cats" e "Les Miserables".
A maior parte dos US$ 14 milhões foi dirigida a efeitos especiais, vestuário e maquiagem. A empresa gastou, por exemplo, US$ 5 milhões só em computadores, reponsáveis pelo controle de mais de mil itens que ganham mobilidade e vida nos cenários.
As roupas de alguns atores são um investimento a parte. Elas têm armações especiais que se movimentam durante o musical, transformando os personagens em potes, açucareiros etc... No final, só a cabeça do ator fica de fora.

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