São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994 |
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PM vai prender oficial que apurava o bicho
SÉRGIO TORRES
Brum ainda deverá ser julgado por Auditoria Militar, sob a acusação de ter infringido regulamentos da PM. Caso seja considerado culpado, poderá ser expulso da PM. Até segunda-feira, Brum comandava a Chefia da PM, cargo ocupado desde fevereiro de 90. Em entrevista à Folha, ontem à tarde, Cerqueira disse que vai decretar a prisão por transgressão disciplinar. Brum não quis falar sobre a provável prisão. Ele pode ser detido por até 30 dias. "Além de vazar informação sigilosa, ele mentiu ao negar que o tenha feito", disse Cerqueira. Para estipular a pena e dar ordem de prisão, Cerqueira espera o fim da sindicância interna que apura o vazamento de informações e a destruição de uma lista encontrada na "fortaleza" de Castor. Brum foi interrogado e nega ter passado a lista para jornalistas. Para o comandante, Brum mentiu. "Estou convencido de que foi ele o responsável pelo vazamento", disse o comandante, que negou que Brum estivesse à frente das apurações sobre o bicho. A sindicância deverá concluir que Brum violou três artigos do Código da Polícia Militar: artigos 228 (divulgação de segredo), 230 (violação de segredo profissional) e 316 (supressão de documento). No interrogatório a que foi submetido, Brum diz que rasgou uma lista de computador com nomes de delegados da Polícia Civil e oficiais do 14º Batalhão de PM. Brum alegou que outras cópias da lista estavam em poder do Ministério Público e do serviço secreto da PM. O comandante do serviço secreto, Marcos Paes, foi interrogado e negou que tivesse cópias. Segundo o comandante, só havia três cópias da lista. Uma ficou com os procuradores, outra com Paes e, a terceira, com Brum. Texto Anterior: Governo propõe parceria com setor privado para criar usinas Próximo Texto: Serviço secreto tem nova chefia Índice |
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