São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Furlong, 16, atua em seu sexto filme

DA "UPI"

O jeitão de astro de Edward Furlong, 16 –carismático coadjuvante de "Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final"– é difícil de ignorar. Ele tem um olhar inteligente, ferido, e uma timidez que lembra James Dean.
"Fiz seis filmes em três anos e meio", diz Furlong. "Atuar é bem divertido." Modestamente, ele admite que nem todos seus filmes foram sucessos.
Ele impressionou tanto cineastas quanto fãs com suas performances em "Cemitério Maldito 2", "Nada a Perder", "A Home of Your Own" (sem título em português) e, é claro, "Exterminador do Futuro 2".
Mas ele tem grandes esperanças com o novo filme de horror que deve ser lançado nos Estados Unidos este mês, "Brainscan" (também sem título em português), no qual faz um fanático por videogames que se envolve em assassinatos em série.
"Minha vida não se parece com os meus papéis. Mas posso estabelecer uma relação com o Michael de 'Brainscan' porque também adoro videogames. Eles são uma verdadeira fuga."
"O papel mais difícil que fiz foi em 'Little Odessa', que acabei de filmar", diz. "Trabalhei com Maximilian Schell, Vanessa Redgrave e Tim Roth. Essa foi a parte mais legal."
Porque ele viveu cercado de adultos nos últimos, entrando e saindo dos sets de filmagem, Furlong perdeu o contato com outros adolescentes. Mas ele tira isso de letra.
"Não posso dizer que sinto falta de uma vida normal", diz. Com uma risada, ele acrescenta, "não sei se tive uma vida normal quando era criança".
Ele não aparenta aquela timidez comum em garotos de sua idade, mas também você não encontra aquela arrogância que frequentemente se vê em astros jovens.
"Uma porção de pessoas acredita que Hollywood seja só glamour, mas não é. Você trabalha bastante e também há muita lama."
Eddia confia muito em seus agentes, que escolheram bem seus roteiros. Mas não tem planos para o futuro, dizendo que gostaria de continuar atuando. Ele não gosta da escola –ele tem professores particulares– e não está pensando na possibilidade de fazer faculdade. "A escola é um saco", diz.
"Vou continuar assim e ver o que acontece. Estou lendo outros roteiros, mas não posso falar sobre eles até que os contratos sejam assinados."
"Não me sinto como um ator. Me sinto como um garoto de 16 anos que atua. Isso é basicamente o que sou. Não há dúvida que tudo isso me fez amadurecer mais rápido. Mesmo se eu nunca atuar novamente, a experiência já valeu".

Texto Anterior: O grande tesouro está sempre perto
Próximo Texto: Tutora agora namora ator
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.