São Paulo, sábado, 23 de abril de 1994 |
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Direita apela à sabotagem
CLÓVIS ROSSI
Barricadas nos subúrbios de algumas cidades foram montadas. Na de Viljoenskroon (Estado Livre de Orange, centro), até uma torre similar à de vigilância de presídios foi armada, com holofotes virados para a estrada que leva aos bairros negros. Viljoenskroon e também Lydenburg, no Transvaal (mais ao leste), já ostentam cartazes proclamando-as parte do "Volkstaat" (a pátria africâner). A polícia reagiu e fez ao menos dez prisões, todas de acusados de tentar perturbar o processo eleitoral. Johann Kriegler, presidente da Comissão Eleitoral Independente (uma espécie de TSE sul-africano), anunciou ontem que a polícia estará preparada para "prender e processar" todos os que tentarem sabotar o processo. O Exército informou que 100 mil homens serão alocados para garantir a normalidade da votação. A mobilização dos serviços de segurança não desestimulou, no entanto, os militantes da extrema direita. Willem Ratte, ex-oficial do Exército, disse que está organizando "grupos de defesa regional". No Transvaal Norte, um grupo fascista começou a mobilizar seus integrantes para formar um cordão de proteção para os africâners da região. (CR) Texto Anterior: Mandela tenta acalmar empresários Próximo Texto: Premiê de Israel aceita fim de colônias Índice |
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