São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 1994
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Castor divulga carta e nega veracidade de listas

No bilhete, bicheiro diz que documentos não pertencem a ele

DA SUCURSAL DO RIO

Os advogados de Castor de Andrade divulgaram ontem parte de uma carta sem assinatura que, segundo eles, foi escrita pelo contraventor.
Nela, Castor diz que nunca negociou com a maior parte dos citados nas listas que teriam sido achadas em seu escritório.
"Seus nomes foram incluídos por vingança ou para prejudicar suas aspirações políticas", diz a carta.
A carta é composta por duas folhas datilografadas. Na última delas, o nome Castor aparece escrito à máquina.
Na carta, Castor, 67, diz desconhecer as listagens. "Essas listas não são minhas nem foram encontradas em meu escritório."
Os advogados Nélio Machado e Wilson Lopes dos Santos divulgaram trechos selecionados da carta. Segundo eles, a carta foi entregue anteontem à noite na casa de Santos, por emissário do bicheiro.
O texto da carta atribuída a Castor afirma que "não existe crime organizado no jogo do bicho". Diz também que jamais o bicho "sequer se aproximou do tóxico".
Castor admite, na carta, que é bicheiro. "Minha vida realmente sempre esteve voltada para o jogo", afirma a carta.
O Tribunal Regional Federal manteve a decisão da Ordem dos Advogados do Brasil de cassar o registro de advogado de Castor.

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