São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 1994
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Aids aumenta taxa de mortalidade infantil

DE WASHINGTON

A epidemia de Aids está revertendo a tendência mundial de queda da mortalidade infantil nos países em desenvolvimento.
A revelação é feita em relatório sobre Aids e a população mundial, divulgado ontem em Washington pelo governo dos EUA.
Segundo o estudo, o Brasil é um dos três países fora da África em que as taxas de mortalidade infantil vão crescer mais até o ano de 2.010 por causa da Aids. Os outros dois são Haiti e Tailândia.
Os 13 países da região do sub-Sahara africano vão ter seus índices de mortalidade infantil dobrados até 2010.
A expectativa de vida nesses países também vai baixar, em função da Aids. Em Uganda, por exemplo, ela é de 32 anos – sem a Aids, seria 59.
O Brasil é o segundo país do hemisfério ocidental em número de casos de Aids registrados, logo abaixo dos EUA e acima do México.
O trabalho, sobre a demografia mundial, preparado a cada dois anos pelo Departamento de Comércio dos EUA, pela primeira vez dedicou um capítulo especial ao impacto da Aids sobre a população do planeta.
"O efeito cumulativo da epidemia da Aids sobre as condições de vida mundiais será assustador", afirma o relatório.
"Os programas de saúde de governos já pobres serão incapazes de lidar com o enorme número de pessoas com Aids nos próximos anos", diz o estudo.(Carlos Eduardo Lins da Silva)

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