São Paulo, quarta-feira, 4 de maio de 1994
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Usuários fazem pesquisa e compras por rede

MARIJÔ ZILVETI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O acesso à Internet para fazer pesquisas ou simplesmente para conversar com alguém de outra cidade ou país está virando mania entre usuários de BBS no Brasil.
O estudante universitário de ciência da computação Ailton José de Souza, 17, "entra" em BBS para ligar-se à Internet pelo menos uma vez por semana.
Quando quer contatar autores de livros, por exemplo, ou divulgar estudos ou produtos, Souza não hesita em ligar seu micro e enviar várias mensagens.
Já contatou amigos morando no exterior, deixando mensagens sem pagar por chamada internacional.
O professor universitário de engenharia civil Flavio Massaguki, 36, liga três vezes por semana para a Internet.
Ele troca informações para pesquisa de artigos ou então envia mensagens para um amigo que mora em Londres.
O único inconveniente apontado por Massaguki é a conta telefônica. Prefere entrar em BBS à noite para pagar menos pulsos.
Além de já ter conseguido localizar teses, o engenheiro está tentando obter, via Internet, um programa de computador acadêmico.
Entrou em contato com uma editora em Londres para verificar mais detalhes sobre o produto.
Nesse caso, o uso da Internet para informações foi mais ágil, mesmo que seu acesso não seja em tempo real.
Massaguki enviou fax e a empresa usou o correio para tratar de procedimentos legais de compra, levando muito tempo.
Quem não desgruda do seu micro para ligar-se à Internet é o consultor de telemática e multimídia Carlos Seabra, 39.
Por ser ligado a uma instituição de ensino, Seabra tem acesso pleno à Internet. Ele usa a rede para comprar livros e CDs de música.
A grande vantagem, na sua opinião, é poder pagar as compras com cartão de crédito internacional e receber seus pedidos no prazo de uma semana.
(MZ)

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