São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994 |
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Família faz apelo a sequestradores
CARLOS NOBRE
Os familiares pedem que soltem Edevair de Souza Faria, pai do jogador, até amanhã, dia das mães e aniversário da mulher dele, Lita. O professor Selassié Campos, amigo de Romário, contou que a comemoração do aniversário de Lita, apelido pelo qual Manuelita Faria é conhecida, será no Jacarezinho, onde o jogador nasceu. Campos, que estudou com Romário na faculdade de Educação Física, visitou a família, ontem pela manhã, na Estrada Pau Ferro, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Ele disse que o churrasco é uma homenagem tradicional da comunidade do Jacarezinho a Lita. O professor Campos afirmou que a comunidade da favela quer ajudar a polícia a encontrar Edevair. Campos disse ainda que recebeu informações que até os traficantes da área teriam a mesma intenção de ajudar as investigações. Ronaldo, irmão de Romário, e seu amigo Paulo Ciro, policial civil, saíram do condomínio duas vezes durante o dia de ontem, mas fizeram poucas revelações. Eles afirmaram que permaneceram em contato durante o dia com o delegado Hélio Vígio, da Delegacia Anti-Sequestro (DAS), mas sem que houvesse novidades. "Não temos dinheiro para pagar o resgate (US$ 7 milhões, CR$ 9,7 bilhões). Espero que os sequestradores façam contato conosco para a gente negociar", disse Ronaldo. Ele contou que o telefone da família quebrou anteontem e só foi consertado ontem, o que dificultou os contatos com os sequestradores. Até a noite de anteontem, foram quatro telefonemas. Ronaldo negou que o pai pudesse ter sido sequestrado por ter envolvimento com traficantes de droga. "Meu pai é um homem simples e nunca teve inimigos. Eu não sei porque ocorreu este sequestro", disse o irmão do jogador. Texto Anterior: Mãe do atacante vive sob calmantes Próximo Texto: Dinheiro não altera hábitos da família Índice |
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