São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994 |
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Caso mais famoso foi de Hill
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Em 1991, o então presidente George Bush nomeou Thomas, um negro, para a Suprema Corte. Durante as audiências no Senado para a confirmação do seu nome, Thomas foi confrontado com as acusações de Hill. O incidente quase acabou com a indicação de Thomas (seu nome acabou aprovado por 52 a 48 votos). Hill nunca o processou na Justiça. Na época, muitas das pessoas que agora acham as acusações de Jones ultrajantes saíram em defesa de Hill. Nos dois casos, não há provas materiais. É a palavra da acusadora contra a do acusado. Uma das defensoras de Hill foi a agora primeira-dama Hillary Clinton. Num discurso em 1992, ela disse: "Como mulheres e advogadas, nunca mais devemos nos intimidar. Devemos levantar nossas vozes contra molestamentos sexuais. Todas as mulheres que se incomodam com integridade e moralidade no ambiente de trabalho estamos em débito com Anita Hill". Uma ação de molestamento sexual pode levar anos para se concluir. Já houve casos de mulheres receberem mais de US$ 3 milhões como indenização. O advogado de Clinton disse ontem que é "prematuro" discutir se o presidente terá que ir à corte federal de Little Rock, Arkansas, para depor sobre o assunto. Mas afirmou achar difícil que isso venha a ocorrer. O presidente dos EUA tem o privilégio, se quiser, de depor, quando intimado pela Justiça, em seu gabinete na Casa Branca. O advogado do presidente também descartou a possibilidade de um acordo com Jones. Ele admitiu ter conversado com o representante dela mas negou que tivessem ocorrido negociações entre os dois para a ação não acontecer. (CELS) Texto Anterior: Aberto processo contra Clinton Próximo Texto: Bobbit é preso por agredir sua namorada Índice |
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