São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
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Projeto de irrigação atinge 7 mil ha e deve gerar 15 mil novos empregos

EUGÊNIO NASCIMENTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ARACAJU

Quinze mil empregos deverão ser gerados a partir de agosto na região do rio São Francisco, em Sergipe, com a inauguração do platô de Neópolis, um dos mais modernos perímetros irrigados do Nordeste.
Localizado em terras dos municípios de Neópolis, Japoatã e Pacatuba, o platô (planalto) já tem 70% de sua infra-estrutura construída pelo governo do Estado em parceria com a iniciativa privada.
Em alguns lotes empresariais já teve início o plantio. As obras começaram em junho de 93 numa área total de 10,4 mil hectares, dos quais 7.248 hectares serão irrigados. Este tamamnho equivale a 2,8 vezes a ilha de Fernando de Noronha (PE).
Conforme o acordo entre governo e empresários, o Estado fornece infra-estrutura e as empresas produzem frutos tropicais para exportação e fazem a manutenção e conservação da área sob a forma de cessão do uso da terra.
Grupos como Sharp, Gota do Sol, Cofarma, Maysa, Cajuba, Frutene e Saman Agrícola adquiriram lotes para produzir manga, abacaxi, tâmara, maracujá, acerola e outras frutas. O governo conseguiu 28 parceiros para o projeto.
Toda a área do projeto está sendo cortada por 56 quilômetros de estradas vicinais (para escoamento da produção) e há um total de 55 reservatórios de água.
"O Estado está entrando na parceria com US$ 30 milhões de um total de US$ 67 milhões. É uma iniciativa válida e que por certo será copiada por outros Estados em breve", diz o secretário de Irrigação, Etélio Prado.
Foram instaladas no platô três estações de bombeamento de água captada no rio São Francisco.
Sergipe tem hoje seis grandes perímetros irrigados produzindo frutas e hortaliças para o consumo interno.
Os ex-proprietários da terra entraram na Justiça argumentando que a avaliação feita pelo Estado na desapropriação foi irreal.
O projeto recebeu críticas do deputado estadual João Bosco Mendonça (PDT-SE).
Ele diz que o governador João Alves Filho (PFL) já tem em mãos o decreto que declara toda a área desapropriada para o platô como de utilidade pública, mas não tem o decreto de desapropriação, que "deveria ter saído antes".

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