São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

`Elas ficam nervosas quando ponho coleira'

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Estudante de veterinária, Flavio Augusto de Carvalho é também sócio da Pet Stop, uma loja que vende animais domésticos e acessórios em Higienópolis.
Comprou suas iguanas nos EUA, durante uma viagem de férias. Afeiçoou-se aos bichos, embora tenha reparado que eles não são totalmente dóceis: "Elas ficam nervosas quando ponho a coleira".
Carvalho já deu entrada no Ibama, órgão federal que cuida da política de meio ambiente, a uma petição para importação de iguanas.
Não existe nada na legislação que proíba ou permita a importação de iguanas (veja abaixo).
Carvalho não é o único a tentar trazer os bichos para São Paulo.
"Esse é um mercado em ascensão. Queremos nos especializar em répteis", diz Ubirajara Salerno, da loja Palo Verde, que também aguarda autorização do Ibama para vender lagartos exóticos em São Paulo.
"Ainda não tem ninguém que faça isso no Brasil. Por isso estou interessada", diz Marcia Barassal, dona da Zooboros, que também planeja importar sapos coloridos e lagartos.
Normalmente dóceis, as iguanas revidam ataques com o rabo. Também podem morder, utilizando a serrinha que têm na boca, que normalmente serve para cortar as plantas que comem.
Segundo Carvalho, as iguanas não transmitem nenhum doença a seres humanos. O estudante costuma dar um suplemento de cálcio a Iggy e Anna, seus bichos de estimação, para reforçar a estrutura óssea dos animais, que vivem até 15 anos.
Em cativeiro doméstico, as iguanas devem ser mantidas em "terrários", um viveiro com terra, plantas e água doce, que tente recriar a situação encontrada pelo bicho na natureza.
O único gênero de lagarto marinho que se conhece é uma iguana que vive nas ilhas Galápagos, um santuário ecológico no extremo da América do Sul.
(MSy)

Texto Anterior: As iguanas estão chegando a SP
Próximo Texto: `Animais não são peteca', diz ambientalista
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.