São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994 |
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Construção se prepara para nova moeda
DENISE CHRISPIM MARIN
Todas as quintas-feiras, representantes dos sindicatos patronais e dos trabalhadores se reúnem para discutir hipóteses e alternativas para evitar perdas salariais. "Enquanto durar a URV estaremos um tanto tranquilos", afirma Douglas Martins de Souza, 33, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de São Paulo. Em março, a Federação e o Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo) decidiram antecipar a data-base da categoria, que seria apenas em 1º de maio. O acordo fechado resultou em aumento real de 20% para o piso da categoria e de 13,4% para os demais. Cerca de 600 mil trabalhadores foram beneficiados. Dessa forma, o salário de um operário não-qualificado subiu de 126,98 URVs para 151,80 URVs. "A conversão dos salários para URV foi negociada de forma a não causar mais perdas", diz Hugo Marques da Rosa, 45, vice-presidente do Sinduscon. Houve categorias, no entanto, que recorreram a greves para obter as correções. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo organizou, até agora, 70 paralisações. A categoria reivindica 36,52% de reajuste –a defasagem dos salários em comparação com o valor na sua data-base, em novembro. Até o momento, 400 acordos foram fechados, envolvendo os salários de 100 mil trabalhadores. Com o dissídio marcado para 1º de abril, os metalúrgicos do ABC paulista também pararam 40 empresas, até agora, para conseguir aumento de 19%. "Conseguimos bons resultados, mas permanecemos em greve em oito empresas", afirma Vicente Paulo da Silva, 38, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista. (DCM) Texto Anterior: Empresa reajusta salário em URV Próximo Texto: Perdas caem para 48% dos cargos Índice |
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