São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
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Líbano quer reconstruir o país a partir do Exército

The Wall Street Journal
De Nova York

DE NOVA YORK

No palanque está o brigadeiro-general Michel Abu Rizk, veterano do Exército libanês e ex-comandante da brigada presidencial do general Michel Aoun, o cristão maronita cuja "guerra de liberação" em 1989 destruiu Beirute mais que 16 anos de guerra civil.
O tema da palestra para os jovens soldados é "Ética Militar no Líbano", diz o "Wall Street Journal".
A partir do momento em que os conscritos de 20 anos entraram na base militar de Warwar foram avisados para esquecer o Líbano do lado de fora do muro, onde religião, clã, cidade e província são as medidas de um homem.
Na reportagem assinada por Peter Waldman, o "Wall Street" diz que o Líbano tenta se reconstruir a partir dos novos soldados.
Nos quartéis, símbolos religiosos são proibidos. Orações só fora do serviço ou a sós.
Os batalhões são compostos por muçulmanos, cristãos e drusos, por nortistas e sulistas.
Além da dureza dos treinamentos, eles também são submetidos a palestras e exercícios que vão de geografia do país a ética militar e cidadania, diz o "WSJ".
Segundo o diário norte-americano, a mensagem das palestras é clara: as gerações anteriores não entenderam nada, o verdadeiro perigo para o Líbano nunca veio dos libaneses, mas sim do exterior.

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