São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
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Ministro da Justiça japonês renuncia por negar massacre

Shigeto Nagano, o ministro da Justiça do Japão, anunciou ontem que pretende renunciar ao cargo.
Nagano sofreu nos últimos dias uma forte onda de críticas de vários países da Ásia, por ter negado um massacre de 1937.
O ministro havia feito declarações sobre um episódio ocorrido durante a invasão da China pelo Japão.
O episódio ficou conhecido como o "Massacre de Nanquim", quando tropas japonesas conquistaram a cidade de Yangtse.
O resultado foram mais de 155 mil mortos no dia 13 de dezembro de 1937. Nagano afirmou que esse massacre era uma invenção.
O ministro se retratou anteontem da entrevista, mas a pressão para sua saída do governo continuou.
O fato prejudica a imagem do recém-formado governo do primeiro-ministro Tsutomu Hata.
Hata, que estava em visita a países da Europa, é esperado em Tóquio para um encontro com Nagano, onde será discutido o caso.
Algumas fontes afirmam que o caso poderá ter mais desdobramentos nas próximas votações no Parlamento japonês.
Se o primeiro-ministro japonês aceitar a demissão de Nagano, poderá assim conseguir uma coligação com os partidos de oposição.

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