São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 1994
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Cobra será liquidada se BB não facilitar venda

DA SUCURSAL DO RIO

A Comissão Nacional de Privatização aprovou ontem a liquidação (venda do patrimônio e extinção) da Cobra Computadores se no prazo de 30 dias o BB (Banco do Brasil), o principal controlador, não apresentar uma proposta para venda da empresa.
A Cobra foi à leilão duas vezes, a última delas na semana passada, mas faltaram compradores.
"Esperamos que a postura de cooperação do BB se revele", afirmou a diretora do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para Privatização, Elena Landau.
Ela disse que o banco tem resistido a todas as alternativas apresentadas pela comissão. Além de principal controlador da empresa, com 99% do capital, o BB é também o principal credor –uma dívida estimada em US$ 10 milhões.
A Cobra, com 1.200 funcionários, acumula ainda um passivo trabalhista de US$ 11,2 milhões.
Segundo o presidente da Comissão de Privatização, André Franco Montoro Filho, ainda não está confirmada a data do leilão da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), prevista para o próximo dia 20.
Ele negou que a comissão tenha sugerido a redução do número de empregados da Embraer para facilitar a venda da empresa.
O problema principal da Embraer é a negociação de suas dívidas, que já somaram US$ 900 bilhões.
Já a Mineração Caraíba terá novo leilão será dia 8 de junho, anunciou Montoro Filho. O preço mínimo para venda da empresa é de US$ 5,2 milhões.
A comissão tenta amanhã, também pela segunda vez, vender a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro.

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