São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 1994
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Fiscalização de carnes deve ser diversificada, diz professor da USP

DA REPORTAGEM LOCAL

O professor da Faculdade de Medicina Veterinária da USP José Cezar Panetta afirma que a contaminação das carnes em São Paulo deve ser resolvida com a diversificação da fiscalização em níveis federal, estadual e municipal.
Uma pesquisa realizada em 1993 pela Vigilância e Controle Sanitário da Secretaria Municipal do Abastecimento indica que 38% das carnes bovinas vendidas em São Paulo estão contaminadas.
O mesmo ocorre com 30% das carnes suínas e 11% das aves. A contaminação se deve à presença de coliformes fecais, estafilococos, clostrídios e salmonella.
Essas bactérias provocam a gastroenterite, doença caracterizada por diarréia, vômitos, dores de cabeça e náuseas.
A diversificação da fiscalização foi determinada pela Lei 7889, de 1989. Antes, o controle cabia ao SIF, Serviço de Inspeção Federal.
Segundo Panetta, na prática, a fiscalização ainda é feita apenas pelo SIF. "Os Estados e municípios ainda estão se equipando, mas quando estiverem em ação o rigor será muito grande e deve acabar com abatedouros clandestinos."
Segundo o delegado federal do Ministério da Agricultura, Antonio Carlos de Souza, 46, em São Paulo, a fiscalização estadual está em fase de implantanção e a municipal só é feita após denúncias.
O diretor da Vigilância Sanitária, Luiz Antonio Jonke, diz que São Paulo é "um caso à parte".
"Os frigoríficos da cidade comercializam com outros Estados e países por isso a fiscalização deve ser estadual ou federal", afirmou Jonke.

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