São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 1994
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Júnia deve recusar ser vice de Brizola

FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

A senadora Júnia Marise (PDT-MG) não deverá aceitar o convite do ex-governador Leonel Brizola para ser candidata a vice-presidente em sua chapa.
Marise disse à Folha que a tendência é de manter sua candidatura ao governo de Minas.
"O partido em Minas não quer abrir mão de minha candidatura", afirmou Marise. Para a senadora, "não se pode vestir um santo para despir outro".
A presença de Marise em sua chapa era uma das maneiras imaginadas por Brizola para tentar um bom resultado eleitoral em Minas.
Nas eleições presidenciais de 89, Brizola foi o sexto colocado em Minas, onde obteve 418.944 votos, 4,99% do total.
"Todos em Minas acham que eu posso ir para o segundo turno das eleições para o governo", declarou Marise.
Apesar de evitar dar um não definitivo, Marise deixou claro que deve recusar o convite de Brizola.
"Fiquei muito honrada com a proposta, mas o governador Brizola tem nomes muito bons para compor sua chapa", afirmou.
Marise disse ter esperanças de contar com o apoio do governador de Minas, Hélio Garcia (PTB), na eventual disputa do segundo turno contra Hélio Costa, do PP. "Ele (Garcia) tem tido uma posição muito receptiva ao PDT", disse.
Vice-governadora de Minas na gestão de Newton Cardoso (83-87), Marise coordenou, em Minas, a campanha de Collor (PRN) à Presidência. Ela foi eleita para o Senado em 1990 pelo PRN.
Além de Marise, outra opção de Brizola para compor sua chapa à Presidência seria o ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, candidato do PDT ao governo do Paraná.
A Folha apurou que Lerner não aceitaria o eventual convite.

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