São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994 |
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Empresário é sequestrado pela 2ª vez no Rio
SERGIO TORRES
Segundo a 60ª DP (Delegacia de Polícia), em Campos Elíseos (Baixada Fluminense), Manoel Lavouras foi capturado às 20h na rodovia Rio-Petrópolis, perto da empresa de transportes Trel, da qual é dono. O delegado Carlos Pinto disse que é a segunda vez que sequestram o empresário. Na primeira, há dois anos, ele teria sido solto porque sofre problemas cardíacos. Empregados da Trel disseram à Folha que o patrão usa marca-passo e já foi operado do coração. O sequestro de Manoel Lavouras foi comunicado à polícia pelo filho dele, Manoel Luiz Alves Lavouras. Ele disse na delegacia que uma criança lhe avisou por telefone que o Ômega do pai havia sido abalroado por outro carro, perto do bairro Primavera, em Duque de Caxias. O filho da vítima foi até o local indicado no telefonoma e achou o Ômega. Ele registrou o caso na DP, que acionou a DAS (Divisão Anti-Sequestros). O diretor da DAS, Hélio Vígio, não quis falar sobre o sequestro. No momento, existem sete pessoas sequestradas no Rio, segundo policiais da DAS. Amanhã deverá ser rezada missa de um ano pela morte de José Lavouras, na igreja da Candelária (centro). Ele era dono da empresas de transportes Flores. O corpo de Lavouras foi achado pela polícia em 14 de maio de 93, em Maricá (60 km do Rio, na região dos lagos). Ele estava morto há um mês, concluiu a perícia. Lavouras havia sido sequestrado em 7 de fevereiro do ano passado. A família pagou dois resgates, mas o bando não libertou a vítima. A família de Manoel Lavouras não quis falar à Folha sobre o sequestro. Sobrinho de Manoel e filho de José Lavouras, o presidente da Fetranspor (Federação de Empresas de Transportes do Leste Meridional), José Carlos Lavouras, também não quis comentar o sequestro. Texto Anterior: Mulher foge de um assalto e evita sequestro do marido em SP Próximo Texto: Acaba sequestro de dois meses Índice |
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