São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Escuderia sente morte de Senna

ANDRÉ LAHOZ; CLÓVIS ROSSI
DOS ENVIADOS ESPECIAIS

Ayrton Senna continua vivo em sua antiga escuderia, a McLaren. É essa a sensação que se tem ao falar com os membros da equipe. Após um treino oficial muito bom (Martin Brundle marcou o segundo melhor tempo e Mika Hakkinen, o terceiro), a equipe mal conseguia comemorar os resultados.
"Não consegui sair do carro sorrindo, apesar de ter marcado um tempo fantástico", disse Hakkinen. "É impossível encontrar as palavras para descrever o que nós estamos sentindo. E não estou falando só dos pilotos, mas principalmente dos engenheiros e mecânicos que conviveram com Ayrton por seis anos."
"Há algo faltando na Fórmula 1", afirmou Brundle. "Algo que todos os pilotos estão sentindo. Prefiro não comentar mais o assunto", disse o inglês.
Sobre Senna, Hakkinen afirmou: "Ele foi o melhor piloto do mundo, não há dúvidas a respeito disso. Foi campeão por três vezes, e que ganharia em 1994."
"Sua carreira fala por si. É óbvio que não se trata de um piloto como os outros", disse Brundle. Hakkinen disse que Senna era uma pessoa muito forte. "Tivemos algumas disputas quando estivemos juntos, pois cada um queria ser mais rápido que o outro. É muito difícil imaginá-lo morto."
Hakkinen considera que a evolução da McLaren está muito boa. "É uma questão de tempo para chegarmos à velocidade que queremos. Não sei se será nesse fim de semana ou no próximo, mas posso afirmar que o carro está muito melhor agora do que no Brasil."
A McLaren está sendo cotada como uma das equipes com maior chance de opor resistência ao alemão Michael Schumacher, agora que Senna morreu.
(CR e ALz)

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