São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994 |
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Noite paulista perde o DJ Marquinho MS
GUTO BARRA
Marquinhos ficou conhecido em São Paulo quando dava seus primeiros passos como DJ, nos anos 80. Em 84 entrou para o lendário clube paulistano Madame Satã, de onde tirou as iniciais da casa para o seu nome. Naquele período, o Satã era o mais importante núcleo underground de São Paulo. Reunia punks e roqueiros, antecipava tendências e influenciava o comportamento moderno da cidade. No Satã, Marquinhos MS começou a tocar rock alternativo, ao liderar uma geração de DJs que também começou no Satã, como Renato Lopes, Maurício Mau Mau e Gil Barbara. "Ele foi o primeiro a se preocupar em fazer um trabalho underground, numa época em que os DJs só tocavam coisas comerciais", lembra Mau Mau. Depois do Satã, Marquinhos trabalhou na fase áurea da danceteria Rose Bom Bom, e tornou populares as quartas-feiras na boate Malícia. Em meio à explosão do rock inglês em 1985, ele iniciou um projeto para promover a house music (estilo disco mais pesado) no clube Zoster. Considerado o introdutor da house no Brasil, Marquinhos MS trouxe para as rádios locais os principais nomes da música originária de Chicago e Detroit. Fazia também um trabalho de divulgação e popularização do gênero, distribuindo folhetos explicativos e realizando os primeiros programas especiais de rádio exclusivamente de dance music. Mais interessado em pesquisar novas tendências do que no aspecto mercadológico da música, Marquinhos incentivou também a importação de discos e publicações especializadas. Colaborou com revistas nacionais de dance music. Nos últimos anos, Marquinhos trabalhou nos clubes Columbia, Allure (sua última casa) e em casas noturnas da zona leste de São Paulo. Mais recentemente, seu estilo misturava o som garage (variação da house mais melodiosa e com vocais), com músicas mais comerciais e acessíveis. Texto Anterior: Vídeo de Madonna é lançado no Brasil Próximo Texto: Bomba! Bomba! Fiuza livre, leve e solto! Índice |
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