São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994 |
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Oeste baiano deve produzir safra recorde
LUIZ FRANCISCO
Esse número corresponde a 24,4% da safra de grãos deste ano prevista para o Nordeste pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A safra deve ser recorde. A Prefeitura de Barreiras não tem dados precisos sobre as duas últimas safras, mas informa que a média foi de 1 milhão de toneladas. A expectativa é que sejam movimentados US$ 192 milhões durante o processo de comercialização. A região produtora soma 157.737 quilômetros quadrados, área superior à dos Estados de Alagoas, Sergipe e Pernambuco juntos. A base da economia dos municípios do oeste baiano é o cultivo da soja. Somente neste ano, devem ser colhidas 880 mil toneladas do produto. Além da produção da grãos, a região tem 30 mil hectares de área irrigada que produzem soja, arroz, milho e frutas (melancia, melão, maracujá, mamão e manga). O prefeito de Barreiras (a 805 km de Salvador), Saulo Pedrosa (PSDB), 53, considera as terras da região as mais férteis do Brasil. Barreiras é maior cidade da região, com cerca de 100 mil habitantes. Segundo Pedrosa, a prefeitura está catalogando todos os produtores do Vale do São Francisco para colocar em prática um projeto de criação de empregos e geração de renda. O projeto prevê o apoio aos pequenos produtores para comercializar a safra. "Vamos evitar os atravessadores e reduzir os preços dos produtos em até 40%". Nos últimos anos, também foram construídos no oeste baiano 400 pivôs centrais de irrigação. Cada pivô irriga cerca de cem hectares, área suficiente para a produção média de 5.000 sacos de feijão. A agricultura da região deverá ser beneficiada com a construção de 634 quilômetros de estradas. Há dois meses, o governo estadual lançou editais de concorrência internacional para as obras. A construção das rodovias terá recursos do governo e financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Barreiras, Jorge Lemaiski, existem na região 505 mil hectares de lavouras cultivadas, 400 mil hectares de reflorestamento e quase 1,8 milhão de cabeças de gado. Texto Anterior: Patrimônio da família é de US$ 642,4 mil Próximo Texto: Norte concentra maior produção Índice |
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