São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994
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População na África cresce apesar da Aids

Estudo da ONU avalia impacto populacional da doença

DA "NEW SCIENTIST"

O crescimento da população africana é tão veloz, que nem os assustadores índices de contaminação pela Aids o deterão, prevê o Escritório de Censo da ONU.
Por volta de 2010, a taxa de mortalidade prevista para a região ao sul do deserto do Saara deve ser o dobro do que era em 1985, por causa da Aids.
"Mas não veremos a populaçao declinar na África, pelo menos não nas próximas décadas", diz Peter Way, pesquisador do escritório das Nações Unidas.
Na Tailândia, porém, a população vai provavelmente diminuir, pois a Aids deve multiplicar por três a taxa de mortalidade.
O relatório do Escritório do Censo faz parte dos preparativos para a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, que será reazada em setembro no Cairo (Egito).
O documento estima que a população mundial aumente de 5,6 bilhões de pessoas em 1994 para 7,9 bilhões em 2020.
Com base em projeções feitas por computador, o escritório prevê que a Aids vá cancelar anos de esforços para reduzir a mortalidade de crianças no Terceiro Mundo.
"Não será incomum nesses países ver dobrar a taxa de mortalidade antes dos cinco anos de idade", diz Way.
Em certos países, a Aids deve reduzir a expectativa de vida, que tem melhorado nos últimos 40 anos, afirma o relatório.
Para Uganda, por exemplo, está prevista uma redução na expectativa de vida média de 59 para 32 anos, por volta do ano 2020.

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