São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994 |
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Desaceleração é motivo de morte no trânsito
JAIRO BOUER
Segundo Alberto Francisco Sabbag, especialista em medicina do tráfego e secretário-geral da Abramet, a desaceleração é uma das responsáveis pela mortalidade no trânsito do Brasil. Ela acontece quando há uma interrupção súbita de um movimento. O corpo da pessoa fica parado (pelo uso do cinto) mas os órgãos internos mantém a velocidade. Como esses órgãos não estão totalmente presos, eles acabam se chocando com muita força contra ossos, músculos e pele. A violência do choque pode causar rompimento do fígado, baço, bexiga, e até do útero (em mulheres grávidas). Pequenos vasos sanguíneos podem ser arrancados da sua posição original e começar a sangrar dentro do organismo. O cérebro bate contra o crânio (estrutura compacta e rígida) e forma áreas de lesão e hematomas (coágulos de sangue). Em várias dessas situações, só uma cirurgia de urgência pode salvar. "Quanto maior a velocidade do carro e mais brusca a interrupção do movimento, mais graves são os efeitos causados pela desaceleração", diz Sabbag. Quando o veículo está acima de 150 Km/h, acontece um prejuízo na função dos neurônios (células nervosas) por um tipo de "torção". É o que os especialistas chamam de lesão axonal difusa. Se a pessoa bate dentro do carro (contra o volante, janelas ou pára-brisa) também ocorrem ferimentos pelo impacto direto. Mulheres grávidas Gestantes que precisam guiar ou andar de carro devem usar sempre o cinto de segurança. O cinto de três pontos é fundamental. Uma das faixas deve passar na região pélvica (embaixo da barriga) e a outra na região torácica. A região abdominal (com o útero) fica segura pelo cinto. (JB) Texto Anterior: Casal sofre acidente e passa a usar cinto de segurança Próximo Texto: Conselhos para crianças servem também aos pais; O NÚMERO; A FRASE; Psicoterapia é indicada em transtorno alimentar; Hanseníase deixará de ser problema em 6 anos Índice |
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