São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994
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Seis pessoas são assassinadas na África do Sul

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos seis pessoas, incluindo um soldado, foram assassinadas neste fim-de-semana na África do Sul.
Na sexta-feira, doze sul-africanos foram massacrados em Tokoza, subúrbio a leste de Johannesburgo.
"A situação é muito tensa", disse o major Christo Visser, porta-voz das recém-criadas Forças de Defesa Nacional Sul-Africanas.
A morte do soldado aconteceu em Tokoza. Tropas foram deslocadas para lá por causa de relatos de conflito entre militantes do CNA, do presidente Nelson Mandela, e seus rivais zulus do Inkatha.
Visser afirmou que três albergues onde estavam hospedados trabalhadores migrantes militantes do Inkatha foram isolados.
Segundo ele, três miniônibus passando na frente do local foram atingidos por tiros.
As outras cinco mortes aconteceram na Província de KwaZulu-Natal, foco de violência entre Congresso Nacional Africano e Inkatha onde morreram mais de 10 mil pessoas nos últimos dez anos.
No sábado, um homem de 61 anos e sua filha foram mortos a tiros em Ndwedwe, perto de Durban. Outro foi assassinado em Nogoma, norte de KwaZulu.
Um corpo foi encontrado em KwaMakuthu, subúrbio ao sul de Durban, e um adolescente foi morto em Umlazi.
Os últimos dias são os mais violentos desde a eleição do final de abril, que elegeu o primeiro presidente negro no país após mais de 300 anos de domínio branco.
A polícia disse ontem ainda não saber quem cometeu o massacre de Tokoza. Os 12 mortos tinham entre 13 e 25 anos de idade.
A chacina foi condenada pelo governo de Nelson Mandela e pelo líder do Inkatha, Mangosuthu Buthelezi, que pediu paz e conciliação entre rivais políticos.
Nos subúrbios do leste de Johhanesburgo, uma das maiores cidade sul-africanas, pelo menos 2.000 pessoas foram assassinadas no ano passado.

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