São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Editora economiza e escola ganha comissão
CARMEN BARCELLOS
As editoras estão eliminando seus custos com as equipes próprias que mantinham para este trabalho. "Este ano, desativamos nossa equipe e estamos passando todas as feiras para as empresas que se cadastraram conosco", diz Carlos José Ferreira, 30, promotor de vendas da editora Moderna. Ele afirma que a editora procura criar facilidades para quem deseja ingressar no negócio. "Oferecemos descontos de até 45% na primeira compra e aceitamos a devolução do material não vendido na feira", diz. A editora Melhoramentos também não tem equipe própria. "Seria impossível manter uma equipe que atendesse a doze feiras por semana", diz Shirley Christianini, 29, coordenadora administrativa. Ela calcula que o volume de feiras aumentou 40% no último ano. A Melhoramentos também consigna os livros, ou seja, recebe de volta o material não vendido sem qualquer prejuízo para os organizadores das feiras. As escolas não gastam nada com a realização das feiras e, em geral, ganham 10% do valor total das vendas realizadas. Outro benefício é o incentivo à leitura, segundo Sandra Merino, 46, bibliotecária da escola Magno, uma das maiores de São Paulo, com 3.000 alunos. Ela afirma que a frequência à biblioteca aumenta 50% durante o período de feira. Os promotores de feiras também programam atividades paralelas para despertar o interesse dos estudantes pelos livros, como a "hora do conto", oficinas de arte, peças teatrais e debates com escritores. Nesses casos, a empresa apenas intermedia a contratação dos profissionais. Os custos são por conta da escola. (CB) Texto Anterior: Rio comemora o `mês das noivas' com feira inédita Próximo Texto: Organizar feira de livros garante alto lucro Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |